sexta-feira, 18 de março de 2011

Uma Análise da História Recente de Arton

Está matéria foi postada originalmente no blog http://gordo-blogderpg.blogspot.com
Postado por Marcus Zero


Vamos analisar um pouco o mundo de Arton em vista dos últimos acontecimentos.

Comecemos com o Cenário ANTES da Trilogia.

Era o tempo em que todo o destaque do mundo estava com o Paladino de Arton, surgido em 1392. Ele era o herói supremo. Carregava o poder dos vinte deuses. Logo que apareceu, derrotou um dragão-rei, Heart, do Clã dos Verdes. Dia após dia, ouvia-se de seus feitos. Ele deu esperança ao povo. Fez as pessoas terem a ilusão de segurança.

E quando o temor da Tormenta, que destruiu o Império dos Tamuranianos, no leste, se disseminou e cresceu até afligir os corações de todos, o Paladino era como uma luz em meio à escuridão. Por cinco anos nenhum grande mal atingiu Arton. Houve Paz.

No quinto ano, em 1397, a Praga atingiu Lomatubar. Uma pestilência mágica que fazia as pessoas se tornarem coral aos poucos, até morrerem enlouquecidas e rijas. E, às vezes, se reerguerem como criaturas asquerosas. Teria sido um sinal? Os tempos estavam ficando difíceis novamente. Mas quem poderia esperar que ficariam tão escuros e desesperadores? Certamente ninguém poderia esperar os horrores que viriam.

No ano seguinte, em 1398, as tensões entre as grandes potências militares, Yuden e Deheon, cresceram por um acordo nupcial desfeito. Lady Hana renegou Lorde Mitkov. A afronta faria uma guerra estourar? Todos temiam que sim. Mas a guerra ainda não ocorreria nessa ocasião. Nesse ano, uma Área de Tormenta se formaria ao norte do Reino de Trebuck. O temor de que a tragédia dos tamuranianos voltasse a ocorrer no Reinado gerou pânico entre alguns estudiosos. Todos os líderes começaram a temer o crescimento da tempestade rubra. Mas o povo ainda tinha uma luz. O Paladino de Arton. O herói sagrado, de tantas façanhas, de tantos milagres. Ele protegeria a todos. Ou era o que todos pensavam. Ao final, não foi assim. Nesse ano, Mestre Arsenal, o maior servo do Deus da Guerra, derrotou o Paladino. O mal venceu o bem, era maior que todo o poder da bondade e justiça. Esse foi o começo do fim. Mas ainda haveria outras provações.

Em 1399, o povo de Callistia começou a ser atacado pelos Tiranos das Águas. A Tormenta atingiu o subterrâneo profundo onde esses seres viviam em gigantescas cavernas submersas, sem qualquer luz, e os expulsou para a superfície. O Povo do Reino de Nova Ghondriann, paralelamente, vitimado por uma terrível maldição, começou a diminuir sua taxa de natalidade. Suas crianças nasciam ressequidas, franzinas, mortas. De dez, três não conseguiam atingir um ano. E isso já era notável nesse tempo. Cada vez mais o povo neoghondrianni estava minguando. Mas o terror maior ocorreu com o povo Anão. Quase todos os anões pereceram quando a Espada de Khalmyr foi roubada de Doherimm pelo notório Camaleão. Por pouco, o efeito dessa Lei Divina não aniquilou a raça dos anões. E quando o vilão foi (supostamente) capturado, por pouco não houve sérias represálias aos humanos, em cuja expedição diplomática o Camaleão chegou disfarçado a Doherimm. Ao final desse ano, uma surpresa: o Paladino foi ressuscitado!

Em 1400, ocorria a Saga dos Rubis da Virtude. Todos pensavam que essa era a grande campanha que levaria o bem ao seu merecido triunfo. Mas o Paladino estava seduzido pelas forças do mal. Veio a tornar-se um monstro. Por pouco não destruiu todos os reinos conhecidos. Foi detido por sua própria espada, a Holy Avenger. E para se usar a espada, Sszaass teve de ser reconduzido ao Panteão pelos seus irmãos divinos. A arma mais poderosa do mundo ficou nas mãos do maior vilão do mundo, Mestre Arsenal. E o Grande Plano do Traidor deu certo. O Senhor das Serpentes reassumiu seu trono, seu reino, e seu poder. Em segredo, os homens serpentes passaram a renascer. O mal venceu, afinal. Beluhga, Deusa dos Dragões Brancos, Rainha das Uivantes, foi morta em Sckharshantallas e devolvida às Montanhas, não se achando qualquer outro dragão de gelo capaz de substituí-la desde então. O vilarejo de Khan foi dizimado por Lisandra em Deheon. E o povoado de Bonwa foi arrastado de Yuden para o Reino Divino de Tenebra, por Taliran Meia Noite, mais ou menos na mesma época.

Além do desfecho macabro de Holy Avenger, Twor Ironfist e sua Aliança Negra, tomaram Khalifor, rebatizando-a com o nome de Ragnarkhorrangor. O reino de Tyrondir começou a ser conquistado, por suas vilas mais ao Sul. Como uma onda de morte, a Horda Goblinóide avançava lentamente vinda do Sul. E, no norte, a Tormenta avançou sobre Trebuck. O Forte Amarid caiu. O Exército do Reinado, formado por soldados de todos os reinos humanos, reforçado por encantos dos próprios Arquimagos Talude e Vectorius, sucumbiu ao atacar aquela Área de Tormenta. Havia algo além de chuva ácida, relâmpagos, demônios e loucura rubra naquele lugar maldito.

Havia Lordes da Tormenta. Seres mais poderosos que os maiores dragões, mais terríveis que qualquer Senhor das Profundezas do Inferno, capazes de fazer coisas que nem os deuses poderiam. Até mesmo os heróis do Protetorado do Reino, que integravam o Exército do Reinado, quase não voltaram vivos. Metade morreu lá mesmo. Dos que voltaram, a maioria estava com suas mentes despedaçadas. Não havia nada que pudesse ser feito. Iniciou-se a construção do forte Coravandor em Trebuck, para abrigar a família real futuramente. O mercenário Crânio Negro entrou em contato com o Lorde da Área de Tormenta de Trebuck, Gatzvalith, e se tornou o primeiro Servo da Tormenta. Era terrível. Simplesmente terrível.

A sensação era de cerco, sufocante, ameaças terríveis vindas do norte e do sul.

E então, em 1401, parecia que algo mudara para melhor. Valkária seria Libertada! O grupo de heróis que realizou a façanha passaria a ser conhecido como “Os Libertadores”. Viria se formar a Ordem dos Cavaleiros Libertadores em Deheon. O jovem Hendd Kalamar veio a assumir o posto de novo sumo-sacerdote de Valkaria. E os Dungeon Crawlers realizariam a primeira expedição bem sucedida à Cidade Perdida de Lenórienn, em Lamnor, revelando que a Princesa Tanya dos elfos ainda vive! Parecia que novas forças davam fôlego aos povos para respirar em paz, parecia que havia razões para ter esperança. Ocorreriam os primeiros contatos com os Moreau, também vindos do mar do Leste. E começou o intercâmbio entre Arton e Moreania. Estudiosos voltariam a pesquisar a existência de outros continentes, como o que, teoricamente, teria sido outrora a terra natal de Elfos e de Darash, submergida nas águas do Oceano há 15 séculos por um terrível cataclismo de causas desconhecidas.

Mas nem tudo são flores. Após a descoberta da Grande Fenda, explorações em Doherimm viriam a detectar a existência de uma nova raça de trolls: os Finntroll, ou “Trolls Nobres”, prenunciando o retorno dos trolls Ghilanim à Montanha de Ferro. O halfling Rodleck Leverick conseguiria roubar o título de sumo-sacerdote de Hyninn de Severus, mantendo-o aprisionado em uma masmorra dimensional. A Aliança Negra veio a fazer seu primeiro grande movimento rumo ao norte. Thwor derrotou o poderoso druida que habitava a Floresta dos Gnolls, conhecido apenas como Rei da Floresta. Com isso, centenas de gnolls que habitavam o local se juntariam aos seus exércitos. Os Rubis da Virtude, que haviam se espalhado por todas as dimensões do Multiverso de Arton com a derrocada do Paladino, voltariam a ser encontrados por exploradores e, embora já não tenham ligação vital com os Deuses Maiores, viriam a desencadear uma grande caçada por parte de diversos seres poderosos e ambiciosos, em busca de seu poder sobrenatural inato. Sckhar, rei dos dragões vermelhos, passaria a empregar seus recursos para reaver todos os Rubis da Virtude para si, como se fosse uma obsessão pessoal.

Ano final do ano... terror! Aparece uma Área de Tormenta na região entre Zakharov e as Uivantes, no meio da civilização do Reinado!

Em 1402, as aventuras mais intrépidas aconteceriam! É anunciada a criação de portais para a Academia Arcana na cidade de Prendick, em Moreania, e também de um portal que levaria até lá Vectora. Surge o primeiro campeão moreau no Torneio de Gladiadores da Arena de Valkaria. Partes do Labirinto de Valkaria começariam a aparecer em toda Arton. Uma expedição liderada por Dulcine Longbow desbravaria Galrasia, a Ilha do Mar Negro, na verdade, se descobriria mais tarde, originada do Plano de Lena, revelando grande mistérios e antigos horrores desse lugar extraplanar que emergiu nos mares artonianos. Ocorreu a inauguração da Grã-Biblioteca de Valkaria. Em Vectora, ocorreu o grande leilão das estátuas de Tenebra. O Culto Vermelho foi supostamente destruído em Lomatubar. Niele voltou a Arton para ajudar com as pesquisas sobre a Tormenta. Tudo parecia magnífico. Mas só parecia.

A realidade era muito mais sinistra. Um culto maligno a Tauron viria a surgir entre os Minotauros. O culto a Hollen passaria a se espalhar por Collen. Uma infestação Grunt se espalharia pelo Reinado. A Imagem de Sckhar atacada. Ataques de entes em Tollon. Descobre-se que o Camaleão não fora preso de verdade afinal, e continua à solta. Por ordem de Thwor Ironfist inúmeras Cidades-Estado goblinóides em Lamnor passam a enviar grande parte de seus soldados para a linha de frente. De Rarnaakk (antiga Lenórienn) chegam centenas magos e arcanantes hobgoblins, juntamente com arqueiros e monstruosas máquinas de guerra. A Aliança Negra faz seu segundo grande movimento rumo ao norte, ao enviar um grupo goblinóide de elite conhecido como “Tropa do Eclipse” para invadir o palácio real de Tyrondir, numa tentativa de assassinato do regente Balek III, frustrada apenas pela intervenção do Protetorado do Reino. Todos os recursos de Tyrondir são empregados para reforçar sua capital, Cosamhir, em que têm se refugiado as populações fugitivas do sul, e o Protetorado do Reino faz do local sua atual sede.

Uma Área de Tormenta se formaria em Zakharov e para explorá-la, partiriam os Escolhidos de Beluhga, e, a chamado do Rei Thormy, a Companhia Rubra. Ambas terminariam ali suas carreiras. Assaltantes passariam a atacar os Desafiadores da Tormenta em Trebuck. Novas descobertas sobre os habitantes da Tormenta deixariam a todos atônitos. Esses seres, os lefeu, já estavam agindo há muito tempo em Arton. Todo e qualquer tipo de Aberração pode ter vindo do universo dos lefeu, e mesmo os simbiontes devem ter sido implantados neste mundo por eles! Foram descobertos os lefou, entre nós, uma raça híbrida entre povos deste mundo e da Anti-Criação lefeu.

Como se vê, na época em torno de 1400 – anos que vamos chamar de Período Referencial – havia problemas aqui, ali e aculá em Arton. Claro, eventos terríveis, mas pontuais, nada que perturbasse realmente cada uma das pessoas do Reinado! Essas coisas assombrosas (e pontuais) aconteciam e voltam a acontecer o tempo todo no Reinado. Sempre tem uma vila sendo infectada por Muco-Verde, ou sendo convertida em uma Torre dos Pesadelos, ou sendo arrasada de algum modo em algum lugar dos Reinos. É basicamente por isso que 1 em cada 10 pessoas do Reinado tem potencial para se tornar aventureiro (um índice altíssimo!). De um modo geral, contudo, Período Referencial foi mais ou menos estável. Havia, então, dez ou quinze anos desde a Queda do Reino dos Elfos, dos Reinos humanos de Lamnor, e do Reino Tamuraniano. E vislumbrava-se já, com temor, para os anos futuros, a Queda de Tyrondir frente a Aliança Negra, de Trebuck frente a Tormenta, e de Lomatubar frente aos Orcs imunes à Praga Coral. Mas nesse período, propriamente dito, só havia lembranças amargas, ameaças futuras e pequenos incidentes pontuais. E, apesar dessas tensões inevitáveis, o Reinado estava bem.

Com o intercâmbio Arton-Moreania a partir de 1401 passou-se a ter, inclusive, expectativas de que essas dificuldades seriam superadas. Mas o ano de 1403 veio como uma bomba!

Vamos começar a analisar, pois, o Cenário DURANTE E DEPOIS da Trilogia, e tentar pesar os seus impactos, os diretos e os indiretos. (Atenção: se você pretende LER a Trilogia de Livros Tormenta, não continue a leitura: o texto a seguir é basicomente SÓ Spoiler! Também há SPOILER de Contra Arsenal, das Guerras Táuricas e do Tormenta-RPG! Que tentação, heim...)

Quando, em 1403, Crânio Negro manobrou para que seu servo unificasse as tribos bárbaras de União Púrpura, e infectou dezenas de milhares de bárbaros com simbiontes da Tormenta para criar o seu Exército, dirigindo-os para a Área de Tormenta em Trebuck, uma verdadeira revolução ocorreu para tentar impedir que o Reino e o Exército liderados por Shivara Sharpblade fossem arrasados por quase 50 mil bárbaros simbiontizados.

No final, Bielefeld perdeu quase dez mil homens e esvaziou os cofres para que a Cavalaria pudesse ajudar Trebuck. Teve ainda de enfrentar desprotegida a Queda de Norm, a cidade mais importante do Reino, tomada de assalto por Cavaleiros da Ordem da Luz corrompidos pela Tormenta. Tragédias das quais não se recuperará facilmente. (cf. O Terceiro Deus: p. 214/215)

A Capital de Sambúrdia foi saqueada pelo exército de bárbaros simbiontizados, sob o comando de Crânio Negro. E mais de uma centena de milhar de vidas artonianas – ou que já foram artonianas algum dia – morreram naquela grande batalha às portas da Área de Trebuck. A Tormenta não perdeu coisa alguma em qualquer desses eventos. E Crânio Negro não foi detido de uma vez por todas, mas se entregou totalmente ao que é lefeu.

A Aliança Negra já estava dominando todo o sul de Tyrondir, e tomou a Molok (200 Km ao norte de Khalifor). As plantações e animais destas vilas do sul foram rapidamente consumidas pelas forças de ocupação. Chegariam diariamente mantimentos, bestas de guerra e algumas assustadoras invenções goblins à Khalifor. A presença do General em pessoa faria com que tudo ocorresse de maneira perfeita, e que qualquer um a fugir à regra fosse punido severamente. A existência de um grupo com tamanho poder e a assegurada presença de milhares de soldados goblinóides dentro do território de Tyrondir chamou ainda mais a atenção do Reinado para o problema. Mas a luta contra as forças da Tormenta hauriu a maior parte dos recursos dos Reinos e pouco permitiu fazer contra os avanços goblinóides.

Uma viagem planar ao Reino Divino de Sszzaas revelaria que as nagahs são servas do Corruptor. Veio a ser divulgada também a existência real das criaturas conhecidas como Factóides, até então tidas como meros mitos em Arton. Vindos de Moreania, começariam a chegar objetos tecnomágicos, especialmente Golens, trazidos por aventureiros que se arriscaram no Reino das Torres, na porção oriental e mais sinistra da Ilha Nobre, vendidos a altíssimos preços em Wynn-lla. A cultista Kelandra Elmheart assassinou a elfa Latanya, remanescente da Masmorra Planar vencida pelos Libertadores, em A Libertação de Valkária, para invocar um dragão azul abissal. Ocorreriam os eventos vistos em Canção das Estrelas, prelúdio da campanha Contra-Arsenal.

O Barão Fheller Rautin de Hershey tentaria alertar o Reinado de uma invasão dos minotauros de Tapista ao Reino da Guloseima. Sendo tratado como um louco, ele iria retornar a Hershey e tentar organizar uma resistência a invasão, mas é morto pelos minotauros em Cratus. Ocorre a Invasão e escravização de Hershey pelos minotauros de Tapista. O fato é abafado pelas autoridades táuricas e não chega ao ouvido do povo de outras nações.

E os Anos de 1404 e 1405 vieram ainda mais terríveis!



Começou com o surgimento do Dragão da Tormenta, nas Montanhas Sanguinárias, após um ritual ser realizado por Crânio Negro. A fera atacou o nordeste de Sambúrdia e nem mesmo o arquimago Vectorius, com todo o seu poder, conseguiu detê-la. Ao longo do ano, o monstro devastou Portsmouth, atacou o arquipelago de Khubar, arrasou o interior de Callistia e ainda a capital de Tapista, até finalmente ser vencida no deserto de Sckarshantallas, pelo esforço combinado de alguns dos maiores poderes de Arton.

A fera foi usada por Crânio Negro como um elemento, dentre outros, do mais complexo e cruel plano, que resultou na tomada de Nivenciuénn, o Reino Divino de Glórienn, pela Tormenta, e na perda da posição de Divindade Maior pela Deusa dos Elfos. A Queda de Glórienn causou a “noite em que o mundo enlouqueceu”, em que TODOS os mortais, não só os elfos, foram acometidos, pelo abismo espiritual da perda de uma das componentes fundamentais da realidade de Arton, com pesadelos e crises. Muitos ficaram catatônicos desde então. E a grande maioria dos mortais passou a sofrer ante a necessidade de simplesmente acreditar em qualquer coisa que preenchesse o vácuo em seus espíritos, que surgiu com a incompletude do Panteão.

Um exército de espectros dos artonianos mortos pela Tormenta retornou do além para espalhar o evangelho da Tormenta, após a Queda de Glórienn. Por Sambúrdia, União Púrpura, Trebuck, Sallistick, Yuden, Callistia e Namalkah houve perturbação, mas especialmente em Petrinya e Nova Ghondrian. Os vivos foram convertidos pelos mortos à seguirem a Tormenta e seriam conduzidos por portais vermelhos até o Reino de Igahsera, que fora de Glórienn, e a Tormenta conquistara. Ali seriam corrompidos com simbiontes. De lá, seriam levados a outros portais, e retornariam a Arton para espalhar a "boa nova" corrompida da Tormenta. Mais do que medo, mais até do que horror, a pregação fazia grassar a tristeza e o niilismo. “Os deuses estão caindo. O Panteão está morrendo. Não há esperança para Arton na morte. A vida não tem sentido. Só resta a Tormenta. A Tormenta oferece o único alívio.” Suicídio após outro, a religião da Tormenta se alastrava.

Houve uma crise de fé em Arton. Crescia o número de clérigos que descartavam seu credo e se juntavam aos devotos da Tormenta. Especialmente porque os deuses menores, em sua imensa maioria, foram envolvidos na Guerra contra a Tormenta, vindo a formar o Exército de Deuses que atacaria a Área de Tamu-ra, para destruir seu novo Lorde da Tormenta, Crânio Negro. Impossibilitados de dar assitência aos seus devotos, os deuses menores, com seu sumiço, pouco puderam contribuir para minimizar o pânico e descrença em Arton. E muitos vieram a morrer na Batalha de Tamu-ra. Kironan, deus dos jogadores. Altair, deus bárbaro das montanhas. Betsumial, deus ciclope dos vigias. Lupan, deus dos caçadores. Cette, deus élfico dos arqueiros. Granto, deus anão dos escultores. Goharom, deus anão dos machados. O Deus dos Leões da Grande Savana.

Os deuses lutavam e morriam. Os dragões caíam.

Entraram na Ilha de Tamu-ra, liderados por Orion Drake, dezenas de deuses menores, com mais de uma centena de dragões de variados clãs (exceto os negros, que cederam à corrupção da Tormenta), acompanhados de Dragões-Reis (Mzzilleyn, Zadbblein, Hydora e Benthos). O mais poderoso exército que Arton jamais vira, na maior das batalhas já travadas. Sobraram poucos. Quando finalmente o Coração da Tormenta foi destruído, e a Tormenta ali retrocedeu e se foi, restaram muitos cadáveres de deuses e dragões pela Ilha. Arton estremeceu com a perda de tantas divindades. E estremeceu com o retorno do Terceiro, Kallyadranoch, o Deus do Poder, agora em busca de seu corpo verdadeiro, subsistente no Monte do Dragão Adormecido. Com sua volta, boa parte da crise espiritual foi minimizada em Arton, mas não extinta de todo.

Eclodiu a disputa pela liderança do Panteão entre os maiores deuses guerreiros. Khalmyr fora capaz de manter a boa Ordem em Arton por muito, muito tempo, apesar de terem sido muitos os obstáculos. Mas não mais conseguia... Uma série de fatos minou a estabilidade da sua posição: a Queda de Lenórienn e dos Reinos Humanos de Lamnor (1385), a chegada da Tormenta a Arton (1390), os acontecimentos da Saga Holy Avenger, especialmente a corrupção do Paladino de Arton e o Retorno de Sszaas, que deixaram Khalmyr de mãos atadas (1400), os acontecimentos da Trilogia Tomenta, especialmente a Queda de Norm, sede de uma das duas maiores Ordens de Cavaleiros consagrados a Khalmyr em Arton (1403), a Queda de Glórienn, agora escrava de Tauron, e o Retorno do Terceiro, revertendo-se um julgamento que Khalmyr dispusera ser imutável (1405).

Keenn, já se preparava para lutar pela posição de seu irmão havia anos. Em Arton, a nação por excelência consagrada a Keenn, estava prestes a dominar o Reinado inteiro com sua influência. Lady Shivara Sharpblade, desesperada em preservar o Exército do Reinado, assolado pela ameaça da corrupção da Tormenta, casara-se com o Príncipe Mitkov Yudennach, para conseguir o apoio do Exército com uma Nação. Trebuck e Yuden tornaram-se praticamente o mesmo reino. E a influência de Yuden se expandiu pelo Reinado, por meio de soldados de elite, estrategistas, conselheiros militares e recursos fornecidos pelo Reino. Assim, Zakharov, Tyrondir, Tollon e até mesmo Deheon passaram a ter relações subservientes com Yuden. Em meio a tantas guerras no mundo, Keenn se tornaria o líder do Panteão, bastando apenas que o Rei Mitkov Yudenach conquistasse de Thormy a coroa de Rei-Imperador. Mas Mitkov falhou miseravelmente nessa missão.

O palco, contudo, estava armado. Arsenal, sumo-sacerdote de Keenn, finalmente terminou a restauração de seu construto mágico colossal. Firmara pactos com extraplanares poderosos, contava com o apoio de tropas de clérigos e de mercenários, possuía artefatos poderosíssimos, e tinha reais chances de subjugar os quase trinta Reinos do continente, quando suas forças e as de seu Kishin marchassem sobre o Reinado. Mas o que esse homem conseguiu sozinho ao longo de duas décadas, os Reinos se esforçaram para igualar em poucos meses. Um outro colosso foi feito em Coridriann, para combater o Kishin. Alianças foram feitas às pressas, aventureiros foram convocados, massas foram mobilizadas.

Uma campanha Contra-Arsenal foi travada até o cabo de 1406. A marcha do Kishin, um colosso tecnomágico épico quase invencível, foi uma das coisas mais impressionantes e aterradoras que Arton já viu. A máquina maior que muitos castelos, com mais poder que muitos deuses menores, se ergueu das Sanguinárias, no nordeste de Arton, e cruzou o leste de Trebuck. No caminho, arrasou, sem sentir, povoados, florestas e campos, e até mesmo Tyros e os Campos de Barucandor. Seguindo pela Greenaria, atingiu Sambúrdia Capital e (comprovando sua vocação para A Tóquio Artoniana...) arrasou a metrópole! Descendo por Nova Ghondrian, já há mais de um mês de jornada desde que se erguera nas Sanguinárias, agregando seguidores e espalhando terror desde então, ocorre a vilania suprema: o Lar de Marah, grande comunidade no coração desse reino pacífico, é sumariamente aniquilado pelas forças de Arsenal!

Aparentemente, não podendo ser detido por força alguma, Arsenal, conduz o Kishin e suas tropas para Salistick, esmaga o centro de sua civilização, a capital Yuton, inclusive o Colégio Real dos Médicos, e chega a Yuden. O povo beligerante do Exército com uma Nação se curva a Arsenal como a um deus vivo, festeja-o e lhe apóia! Recebendo suprimentos e reforços para as suas tropas, o Senhor das Batalhas esteve prestes a lançar o caos sobre o Reinado, ao desferir um ataque fatal contra o Reino-Capital. Com dois meses de marcha, o Kishin cruza a fronteira de Deheon e se prepara para fazer "a Guerra tomar a Tudo e a Todos". Quando já está à altura de Bek'ground, o kishin é interceptado pelo Colosso de Coridrian! A terra treme e racha sob os pés desses golens titânicos! Após um dia de lutas épicas, Kishin contra Coridrian, tropa contra tropa, homem contra homem, finalmente, os dois colossos tombam em meio às Bad'Lands. Um grupo de heróis lendários, celebrados por grandes feitos em toda a Campanha Contra Arsenal, penetra no Kishin e enfrenta os perigos do labirinto tecnomágico em seu interior, até a derradeira batalha contra o Mestre Arsenal, cujos detalhes serão alvo de baladas por anos a fio!

A grande batalha termina com a morte de Arsenal, para a qual, por incrível que pareça, o vilão também estava preparado... Ressurge Arsenal no plano de Keenn, estabelecendo ali sua base de operações. Foi o último privilégio que o Deus da Guerra lhe concedeu antes de retirar seu posto de Sumo-Sacerdote e dá-lo à Kelandra Elmheart. Coberto de vergonha, Arsenal arca com o custo de seu fracasso, ante o implacável Deus da Guerra. Paralelamente, Keen desafiou Khalmyr e quase seus exércitos divinais derrotaram os infindáveis cruzados e paladinos do, então, Rei do Panteão, na zona de batalha sem fim entre os Reinos Divinos de Werra e Ordine. Por pouco, Keenn não se tornou o líder do Panteão - mais três ou quatro dias da Campanha Contra Arsenal, e teria conseguido! Mas o Reinado não merguhou no Caos completo, resistindo até a superação final. Nimb perdeu a aposta. A profecia de Thyatis teve seu cumprimento adiado. Valkária ficou feliz com seus filhos e lançou-lhes ainda mais desafios. Khalmyr ficou exausto. O Reinado venceu, com muita superação, como fizera ao ter sua primeira vitória contra a Tormenta, em Tamu-ra, no ano anterior. Mas não foi uma vitória barata. Milhares de civis mortos. Centenas de heróis deram suas vidas pela causa. Os recursos dos Reinos foram hauridos. Quase todos os itens mais poderosos do mundo foram tirados de circulação para prover os colossos em batalha. Restou em Arton uma crise de esgotamento quanto aos itens de poder em geral. Era um momento de grande debilidade para todos...

Mais ainda com as tristes novas... a Aliança Negra movimentou-se e, até o fim de 1406, como presente por suas duas décadas de horror em Lamnor, veio a tomar todo o Sul e Centro de Tyrondir, chegando às portas de sua capital, Cosamhir. Somente a Ordem de Thyatis e os Soldados do Reinado estavam entre Thwor e a total conquista de Tyrondir nesse final de ano, e, infelizmente, eles não eram o bastante frente às gigantescas e terríveis tropas de Thwor...

Em 1407, as conseqüências.

Sem deuses. Sem itens poderosos. Sem recursos humanos e financeiros. O Reinado não estava preparado para o ataque de Tapista. As Guerras Táuricas tomaram de assalto os outros Reinos. O Império dos Minotauros invadiu, ao mesmo tempo, Petrynia, Fortuna, Tollon, Ahlen e Deheon com grande força e estratégia, tanto por terra, vindos do norte por rotas minuciosamente traçadas pelas Uivantes ao longo dos anos, quanto pelos mares do Sul, em sociedade com os corsários do mar negro. Deixaram Lomatubar na mão dos Orcs, que se levantaram de Kurikondir clamando vingança contra o povo deste Reino.

De um só golpe, os Reinos do Oeste caíram todos. Malpetrim (Petrinya) ainda resistiu, por seu grande número de heróis, montando guerrilhas e fazendo rebeliões. As Tropas de Tapista fizeram cerco à Valkária e em menos de sete dias conseguiram vencer suas defesas, sitiando-a e causando-lhe grande destruição. Em meio à situação caótica, Thormy, líder máximo do povo humano, firmou com Aurakas, senhor do povo táurico, um acordo de trégua, pelo bem de seus povos. Ocorreu o reconhecimento do Império de Tauron, formado por Tapista e pelos reinos conquistados do oeste, como uma entidade autônoma do Reinado. Esses reinos continuarão sob tutela do Império de Tauron. Thormy e Rhavana são levados para Tapista e forçados a abrir mão de seus títulos reais como parte do acordo. Shivara Sharpblade se torna a nova Rainha-Imperatriz, e assume o trono de Deheon (enquanto Rhana não retorna, ao menos...).

Nos planos divinos, o Deus Maior da Força, fortalecido por ter se tornado protetor de Glórienn, Deusa dos Elfos, por sua nação em Arton ter sido uma das menos atingidas pelas tragédias dos últimos anos, e por seu acordo secreto com Tenebra ser consistente, investiu contra Khalmyr. O plano grandioso do Deus da Força, e de seus servos, consistia em que, simultanemante às Guerras Táuricas em Arton, o Deus dos Minotauros promovesse um pujante ataque de Kundali, seu Reino Divino, à Ordine, o Reino Divino de Khamyr. E juntamente com a Queda de Thormy, o Senhor do Reinado, ante o Império táurico, na Arena do Reino humano de Deheon, também ocorresse a queda de Khalmyr, o Senhor do Panteão, na Arena do Reino Divino de Kundalli, ante Tauron, que assim se tornaria o novo Rei dos Deuses, com toda a glória que lhe era devida. Porém, não é bem isso o que acontece... Khalmyr se antecipou a Tauron e, com uma jogada de mestre, desconcertou até a Nimb! De modo deliberado entregou a coroa do Panteão para pôr à prova o Deus Tauron, a fim de dar-lhe a oportunidade de mostrar a todos se ele é mesmo, como tanto tem clamado, o líder mais adequado e apto a conduzir o Multiverso neste momento de dificuldade... Tauron tem agora a Coroa que tanto quis... Mas será que fará bom uso dela..? Isso, nós todos vamos ver...

Os anos de 1407 e 1408 foram de revolta após revolta nos domínios táuricos, mas, enfim, a civilização dos minotauros conseguiu se impor. Não houve a escravização coletiva de todos os povos livres das nações dominadas, como alguns temiam. Os minotauros edificaram um Império em que as pessoas de bem, de fato, nada tem a temer: os que pagam seus impostos, obedecem as leis e assimilam a avançada cultura táurica são efetivamente cidadãos do Império. Apenas os fora da lei, bandoleiros, revoltosos e aventureiros em geral são caçados, escravizados e usados para edificar as obras públicas, seus bens convertidos em verbas para patrocinar a consolidação do Império. Novos tratados foram feitos com o Reinado, novas fortalezas edificadas, novas classes sociais, militares e econômicas foram se estabelecendo nos novos territórios do Império de Tauron. A diplomacia e a política tapistanas reestabeleceram as relações com o restante Reinado, inicialmente a partir das relações comerciais, depois por vínculos militares, culturais e religiosos também e, apesar da amargura, da raiva e até do ódio contra os minotauros, o Império se estabeleceu; provou que veio para ficar. O Imperator Aurakas Tellos educa os filhos dos nobres em sua corte e mantém Thormy e Rhavana como seus "convidados" de honra, em seu Palácio, para mostrar a todos a Força de seu Império!

Muito da aceitação dos minotauros veio por sua eficiência extrema, há de se reconhecer, mas outro tanto não menos expressivo se deveu ao medo... ante a Aliança Negra, por exemplo. Aparentemente, ainda que não de modo oficial, já ocorreu a Queda de Cosamhir ante a Aliança Negra, agora rebatizada como Ghobnarrarokk (essa informação não foi confirmada, pode ser mero boato). O Reino de Tyrondir com isso, factualmente, passaria a ser a primeira nação do Reinado conquistada pelos goblinóides. Para deter o Império Goblinóide que vem do sul, e já domina Tyrondir, o Império Táurico parece ser a única salvação. Somente se as nações de Arton norte estiverem organizadas no modo das legiões tapistanas, com a liderança forte dos minotauros, poderiam os povos livres fazer frente às hordas de sangue negro lamnorianas. Tensões desde já parecem estar a ocorrer na região de borda de Tyrondir com o restante do Reinado, onde existe um dos maiores templos de Sszaass nestas terras (esse mesmo da Saga Holy Avenger, onde o Deus da Traição escondera os Rubis sob a vigilância da naga Aspis...), talvez, sinalizando, que coisas muito traiçoeiras vão rolar nessas fronteiras...

Será que as Guerras Goblinóides se aproximam? Há boatos de que Twor Ironfist não esteve alheio às movimentações em Arton-Norte. De fato, diz-se que ele foi avistado em Malpetrim e que pode ter conseguido, finalmente, a lendária Flecha de Fogo, seu suposto único ponto fraco, para si. Com isso, ao retornar para a Aliança Negra, nada mais o impediria de conquistar Arton. Mas isso deve ser só mais uma história daqueles petrynianos, não..?

No conjunto, entre 1409 e 1410, a civilização táurica desponta como a maior e mais poderosa do continente, e sua religião consegue forte apelo em meio à fragilizada Arton. É uma das maiores transformações do Cenário, jamais imaginadas.

Os Reinos do Oeste agora estão articulados em um Império de disciplina marcial, legislação escravagista, e uma cultura que proíbe os cultos que não sejam de deuses fortes ou guerreiros (permite, basicamente, apenas as Igrejas de Keen, Khalmyr, Nimb, Megalokk, Azgher e Thyatis), que exalta a força em todas as suas formas, despreza as mulheres e todos os não-minotauros em geral.

Já o Reinado (os vinte Reinos que haviam sobrarado em 1407) estava em estado de choque, ainda recuperando-se de tantas transformações, quando uma revolução política em Nova Ghondrian fez o pacífico reino pedir para desvincular-se do Reinado! Seu novo regente, Erov Kadall, populista e nacionalista, atendeu os anseios do povo e fez as tropas neoghondrianas voltarem para casa, e não mais morrerem por interesses outros, seja contra a Tormenta, seja contra Arsenal, ou ainda nas Guerras Táuricas, o que for! Qual não foi a surpresa quando Callistia também pediu independência do Reinado! E, mais recentemente, Sallistick também! Os três reinos formaram uma Liga Independente, no centro-norte do antigo Reinado, que tem se tornado local de interesse para todos aqueles que querem distância tanto do Império de Tauron quanto desse novo Reinado, comandado por Shivara Sharpblade, a Rainha dos Reinos de Trebuck e Yuden e Deheon...

Muitas coisas são incertas nesses tempos. Parece haver uma guerra eclodindo no Subterrâneo! Por um lado, a queda de Khalmyr no Panteão e a transformação ocorrida, na saga contra Crânio Negro, com a Espada Rhumnam (de fato, mais para uma Gunblade agora...), cada vez mais anões têm abandonado suas tradições ancestrais de longas barbas, espadas largas e machados de batalha, para adotarem abertamente armas de pólvora, bigodes e a fé na Deusa das Trevas! Uma Guerra Civil pode estar ocorrendo em Doherimm... E bem nesses tempos em que tem sido descobertos cada vez mais informes sobre o terrível Império Trollkyrka, a avançada, poderosa e cruel civilização que habita na camada ainda mais inferior do Subterrâneo em relação a Doherimm, e cujos Lordes Finntroll seriam os mestres ocultos por trás dos Ghillanim, os trolls das cavernas que há muito guerrearam com os anões de Doherimm, bem como de todos os trolls de Arton! As coisas podem estar ficando muito loucas bem abaixo de nossos pés!

Noutro aspecto, com o Retorno do Terceiro, Kallyadranoch, Deus dos Dragões, cujo culto está sediado bem na Montanha do Dragão Adormecido, nas Sanguinárias, ninguém sabe ao certo ainda o que Sckhar, Rei dos Dragões Vermelhos, vai fazer... ou pior, o que ele PODE fazer... Com Khalmyr não mais liderando o Panteão, e Kally crescendo em Poder a cada dia, irá Skchar finalmente abandonar os limites de seu Reino, aos quais ficou adstrito pelo comando divino da Ordem por centenas de milhares de anos? E os sszaaszitas, cada vez mais ardilosos e traiçoeiros, no mundo? E os goblinóides, uma ameaça tão concreta que pode mergulhar centenas de anos de civilização que se alcançou em Arton Norte na mais primitiva e selvagem barbárie em apenas um ou dois anos de guerra! E, especialmente, a Tormenta! Os meio-demônios da Tormenta, os lefeu, estão surgindo por toda parte, a corrupção da tempestade rubra permeia e corrói tudo, pouco a pouco. O que fazer? Será que o misterioso Príncipe do Cavalo Branco poderá ser a salvação? Ou o sinal que faltava para o fim de Arton profetizado pelos clérigos de Thyatis desde muito tempo atrás?

O que esperar desses novos tempos?
A única maneira de descobrir é viver, não?
Então, "que saibamos aproveitar as oportunidades"
Que não esqueçamos do passado...
Nem deixemos de considerar o futuro...
Mas, principalmente, que saibamos viver o presente!


1410. É a época atual na Cronologia Oficial de Arton.

"Ao abrir os olhos vemos que este é um admirável mundo novo."

11 comentários:

  1. Muito obm o resumo, era tudo o que eu precisava. Parabéns!

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  2. Cara,simplesmente PHODÁSTICO!!! Tormenta/Arton é meu mundo favorito e estou à alguns anos sem jogar,só lendo por alto as atualizações em alguns blogs da vida. Fiquei arrepiado em alguns pontos e me deu mais vontade ainda de voltar à narrar e jogar!! Muito obrigado por esse compilado!! :D

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  3. É uma pena morar em Curitiba, iria me amarrar jogar com alguém que conhece tanto dessa ambientação! Parabéns! ;D

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    1. Obrigado pelo comentário. O blog a muito estava parado, mas vou voltar a publicar aqui.

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  4. Gostei tanto do seu material que to organizando uma mesa pra jogar. To procurando um mapa geral de Arton, separado por reinos(contornos), e não por vegetação e tal, se vc tiver algum material, por favor, pode me mandar? Achei diversos mapas com os reinos em separado, mas queria um do mapa mundi. Grato desde já! raffaelknuck@gmail.com

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    1. Fiel, seu e-mail está errado, tentei enviar o mapa para você diversas vezes e está retornando o e-mail com falha de envio. Me passa outro e-mail.

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  5. gostaria de saber como shivara sharpblade conquistou yuden e como Príncipe miktov caiu

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    1. Isso acontece na Trilogia da Tormenta. Com a crise de Trebuck ante à ameaça da área de Tormenta, ela decide se casar com o Príncipe Mitkov pra manter o Exército do Reinado forte sendo agora integrado pelas forças de Yuden. A queda do Mitkov se deu à influência que Yuden, depois da união com Trebuck tava tendo em diversos outros reinos, através de parceirias, ajudas e mesmo mercado. Tudo isso influenciando para que uma hora, os reinos vissem a eficiência de Yuden, exigindo que o rei Thormy entregasse a coroa para o Mitkov. Foi feito um conselho reunindo todos os monarcas e foi lá que o Thormy desmascarou o Mitkov e desafiou ele pra uma briga no meio de todos os governantes valendo a coroa. No fim, Thormy deu uma pisa no Mitkov, humilhou ele na frente de todos os generais e militares de Yuden e revogou o título de Príncipe de Yuden. E como ele foi deposto, a regência passou pra sua esposa, Lady Shivara Sharpblade.

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